A HISTÓRIA MODERNA NA SALA DE AULA:
REFLEXÕES PARA O ENSINO E A PRÁTICA DOCENTE
A História Moderna: compreensões e problematizações para o ensino
de história
A História
constitui-se enquanto disciplina escolar no século XIX, muito em função da
formação dos Estados Nacionais que necessitavam da história enquanto produtora
e legitimadora de sentimentos e símbolos nacionais, além de oferecer uma margem
de argumentos a favor do desenvolvimento e da moral da humanidade. Tomando como
marco a pensamento europeu, para efeitos didáticos, a História foi dividida
mediante o modelo quadripartite, ou seja, a história da humanidade foi sequenciada
a partir de quatro épocas: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade
Contemporânea. Até o século XVIII, os humanistas, renascentistas e ilustrados
haviam dividido a história humana em três estágios, sendo somente no século XIX
a emergência de um quarto estágio, notadamente a História Contemporânea. Assim:
“[...] o conceito de História Contemporânea foi confirmado na reforma do ensino secundário francês, ocorrido no último quarto do século XIX e, desde então, foi definida como o período posterior à Revolução Francesa de 1789. Consagrava-se, assim, a famosa periodização quadripartite da História (Antiga-Medieval-Moderna-Contemporânea), construída com base na História europeia”. (NAPOLITANO: In. KARNAL, 2013, p. 163).
Cientes do
contexto de divisão cronológica da História, centraremos as atenções sobre a
Idade Moderna, campo de estudos históricos de ampla tematização e com marcos
cronológicos discutíveis. Basta pensar que a mais tradicional convenção
cronológica para o período o delimita entre a queda de Constantinopla (1453) até
a Revolução Francesa (1789). A respeito das limitações destes marcos, Karnal
(2013, p.127) aponta que “primeiramente, referem-se apenas à Europa e,
unicamente, a partir do ponto de vista político. Assim, guardam o duplo defeito
do europocentrismo e da ênfase numa história factual e narrativa”. Desse modo,
Karnal tem razão quando elenca tais limites, pois a queda político-militar de
uma quase cidade-estado como Constantinopla não foi elemento divisor de “todas
as águas” no cenário europeu. O Renascimento, por exemplo, tido como movimento
cultural identificador da Idade Moderna, se for tomado a partir de seus marcos
humanos, já vinha em curso antes de 1453, basta lembrar-se de Giovanni
Boccaccio e sua obra o Decamerão,
escrita praticamente um século antes (1348-1353).
Além
disso, não se perde de vista a assertiva do historiador holandês Johan
Huizinga, quando ainda na primeira metade do século XX já evidenciava que ainda
na Idade Média teria havido uma produção considerável de obras de artes e
literatura, informação que atinge as bases do Renascimento, pois seus
inventores apostaram nas artes e escrita como balizas de uma época contraposta
a ideia de Idade Média “das trevas”, sem produção artístico-cultural. Daí este
historiador apontar que “a
literatura do fim da Idade Média, salvo poucas excepções, conhecemo-la quase
completamente. Temos produções de todos os géneros: o mais elevado e o mais
vulgar, o sério e o cómico, o religioso e o profano” (HUIZINGA,
1924, p.181-182).
Quanto à dificuldade
de recorte em relação à Idade Moderna, embora recorra como marco inicial do
período o século XVI, por ter sido um século com acontecimentos que afetariam a
humanidade em escala planetária, convergindo para a ideia de unificação da
terra, Miceli (2013, p.9) adianta em seu livro História Moderna que esta “[...] não representou qualquer forma de
ruptura radical e absoluta em relação à Idade Média, sendo impossível datar,
com precisão, o momento exato do encerramento de uma o início da outra”. Em seu
clássico História & Memória
(2013), Jacques Le Goff, discute o antigo/moderno como um par ocidental
ambíguo, pois conforme este autor o desenvolvimento do par foi complexo e que
nem sempre o antigo foi tão antigo, bem como o moderno teve seus momentos de
antigo. O conceito de moderno, por exemplo, foi apresentado no século XVI pelos
eruditos em oposição ao medieval e não antigo, como se convencionou dizer. Não
se deve esquecer que o Renascimento cultural pôs em relevo a ideia de moderno,
todavia, este movimento cultural ficou conhecido pelo apego a cultura clássica
greco-romana, portanto, o moderno passou a ser exaltado pelo apego ao antigo.
Por outro lado, Le Goff lembra que foi no período renascentista que a
denominação moderna ganha espaço entre os eruditos, pois a partir de 1341
Petrarca, intelectual e poeta humanista italiano, passou a utilizar a distinção
entre a história antiga e a história nova, posteriormente denominada moderna
(LE GOFF, 2013).
Tais questões colocam
o desafio de se debater e não necessariamente substituir os marcos cronológicos
e temáticos da História Moderna, pois, em vários casos, os manuais didáticos
acabam por simplificar as discussões amparando-se em recorte prontos e
acabados. Ora, para efeito de complemento, apenas citamos a ideia do
historiador e medievalista francês Jacques Le Goff, quando trabalha a tese de
longa Idade Média, considerando que esta última se estenderia até o século
XVIII. Por esta via, o que seria a Idade Moderna? Se conforme o historiador
francês, as estruturas medievais teriam sobrevivido até praticamente a
Revolução Francesa, tida como marco inicial da Idade Contemporânea.
Em muitos casos o
estudo da Idade Moderna se restringe apenas aos temas clássicos como
Renascimento, Reforma e Contrarreforma, Antigo Regime e Grandes Navegações.
Nestes termos, o Renascimento acaba sendo tomado como um movimento homogêneo
representado pela arte e a escrita, sendo apresentada uma lista dos principais
pintores e humanistas que simbolizam este movimento cultural, a exemplo de Da
Vinci. Neste entendimento, em geral a discussão caminha para se compreender que
o Renascimento foi uma época de ouro enquanto a Idade Média teria sido a “idade
das trevas”, como pensou o Humanista Petrarca. Desse modo, uma melhor
compreensão da Idade Moderna pode auxiliar no entendimento da Idade Média.
Sobre o Renascimento é
importante que o professor/historiador esteja atento para a ideia de um único
Renascimento Ocidental, pois até certo ponto esta visão limita a formação
histórica do aluno, visto que outras leituras como a Jack Goody, em seu clássico
Renascimentos: um ou muitos? (2011),
oportunidade em que o autor questiona se “as renascenças foram apenas
europeias?”, permite em primeiro lugar compreender que no Ocidente europeu o
Renascimento italiano não foi o único, visto a chamada renascença carolíngia do
século VIII; por outro lado, por outras partes do mundo não ocidental também
teriam ocorrido renascenças, tidas mediante a ideia de um olhar para o passado
e uma florescência, como em Bizâncio após a quarta cruzada, ocasião em que
atividades artísticas e construção de igrejas ocorreram em Constantinopla, bem
como os turcos tiveram sua renascença ao ocuparem Constantinopla (1483-1530), e na Índia em
períodos ainda antes de Cristo e em Bagdá com a revitalização de conhecimentos
clássicos entre (813 -883).
Além do mais, outro
evento de entrada do período moderno foi a invenção da imprensa que aparece
como reflexo de o Renascimento, pois o impresso é tido como um movimento linear
e difusor do Renascimento cultural. Acerca das representações, apropriações e
recepções dos impressos, pouco se debate, daí a possibilidade de se trabalhar
tal temática de modo mais enfático, possivelmente o campo da história do livro
e da leitura possa dar suporte a tal discussão. Deve-se ainda lembrar que os
materiais didáticos tendem a não apresentarem uma importante discussão para
sobre a cultura renascentista: as traduções culturais, emergentes nos processos
de comunicação, linguagem e intercâmbio cultural.
Em termos religiosos,
a Reforma Protestante e a Contra Reforma Católica aparecem a partir do
confronto pontual entre as ideias de Lutero e Calvino e as reformas da Igreja
Católica. A discussão sobre guerras religiosas, os simbolismos e as questões
políticas envolvidas, não são bem evidenciadas. Sente-se a falta de discussões
como a realizada por Natalie Davis, que em Culturas
do Povo (1990), apresenta uma ampla discussão do movimento protestante na
França do século XVI, apresentando discussões interessantes, como àquela sobre
“Os Ritos de Violência”, ritos estes, segundo Davis, não gratuitos e nem
violentos por si mesmos, mas a violência possuía um sentido, era parte da
cultura da época.
O Antigo Regime, em
muitos casos, é tratado somente pela via do Absolutismo, sendo a figura do rei
e do Estado praticamente os únicos agentes da história. A história, nesse caso,
narra a dinâmica das grandes monarquias nacionais, como a francesa e a inglesa,
por sua vez, nem sempre se questiona aspectos importantes para a discussão,
como a natureza do Estado e sua complexidade. Para tanto, algumas inquietações
poderiam contribuir para ampliar o entendimento do ponto de estudo em tela: será o Estado absolutista tão absolutista
assim? A priori se pensa que a ideia de Estado absolutista, enquanto
representação da burguesia durante a Idade Moderna seria fruto de uma percepção
geral do materialismo histórico, mas como explicar a tese de um autor marxista
como Perry Anderson, que aponta em seu livro Linhagens do Estado Absolutista que o Estado Moderno ainda foi
fortemente de características feudais? Como as diversas matrizes
historiográficas pensaram o Estado Absolutista? Neste ponto, vale apena uma
leitura do clássico A
fabricação do Rei: a construção da imagem pública de Luís XIV (1994), de
Peter Burke. Ainda pode se indagar sobre a natureza do referido Estado: feudal ou
capitalista? Que imagens mais representam esta entidade política? Entre outras.
Sem esquecer a discussão sobre as cortes europeias à
época do Antigo Regime, sobretudo, mediante a leitura do Clássico A Sociedade
de Corte, de autoria de Nobert Elias (2001).
As Grandes Navegações são tratadas como evento chave de entrada para a
Idade Moderna, embora tradicionalmente apenas sejam datadas e narradas sua
história de feitos e aventuras de nações ibéricas e seus representantes.
Sente-se a falta de um trabalho que em vez de apresentar tal narrativa,
apresente fontes para o estudo de tais acontecimentos, ponto pelo qual um
possível trabalho com a obra Os Lusiadas,
de Camões, poderia ofertar uma compreensão de como se construiu uma história “grande”
das grandes navegações. Outros temas pouco aparecem, como a Inquisição moderna,
visto que por um olhar tradicional parece não ter existido inquisição nos
tempos modernos. Todavia, os estudos de Anita
Novinsky, A Inquisição (1992) e Carlo
Ginzburg, O queijo e os vermes: o
cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição (1976), evidenciam
que o tema é sim pertinente a Idade Moderna.
Em termos de temas pouco contemplados, deve-se lembrar da cultura popular
na Idade Moderna, pois sobre influência da cultura erudita do Renascimento
italiano, pouco se discute os valores e atitudes de camponeses e artesãos no
período, sobretudo, seus atos contestatórios. É sobre este prisma que Peter
Burke discute em Cultura Popular na Idade
Moderna (2010), uma perspectiva de descoberta do povo.
Abordando os
materiais didáticos
As questões acima
evidenciadas são apenas uma amostra da complexidade desta área de estudo. O que
merece neste ponto ser ventilado é que estes conteúdos são, em grande parte,
apresentados ao público escolar por meio de materiais didáticos, mais
especificamente através dos livros didáticos. Objeto cultural complexo, o livro
didático faz parte da tradição escolar, sendo atualmente também um objeto de
mercantilização do ensino, o que implica pensar em tipo de suporte para o
ensino advindo da indústria cultural e, portanto, nem sempre considera as
especificidades de áreas de conhecimento e contexto dos estudantes. Por isso,
grande parte das questões colocadas acima é diagnosticada nos livros didáticos
de história, já que estes, embora venham passando por renovações,
principalmente em função de que as coleções que os mesmos integram passam por
uma avaliação do Governo Federal, notadamente via o programa Nacional do Livro
Didático – PNLD, no caso dos livros adquiridos e distribuídos pelo Poder
Público. Desse ponto de vista, pode-se conceituar o livro didático como um
veículo de ideologias, instrumento pedagógico e mercadoria, daí a sua
complexidade. Conforme Seal (2011, p.5), o livro didático seria um artefato
cultural:
“[...] pois produz significado, significação e sentido. Desta forma, assumimos o entendimento de que um livro didático não é apenas um objeto material inerte e sem vida (papel e tinta), mas um evento discursivo, materializando práticas discursivas plurais. Ele é, portanto, um integrante do mundo da cultura, possuindo um circuito cultural que o singulariza”.
Nesse sentido, cabe
perguntar como os livros didáticos de história, adotados pelas escolas e
professores abordam a história moderna. Ainda observa-se que frente ao modelo
de organização dos conteúdos, como linear etapista, integrado e temático,
indaga-se sobre como a história moderna é situada e relacionada enquanto
conjunto de temas históricos remetidos a um passado. Deve-se ainda pensar como
os diferentes projetos gráficos interferem na abordagem dos conteúdos. Também
não se perde de vista os possíveis manuais do professor, como estes tratam a
história moderna? Outra inquietação remete-se a que tipo de matriz ou matrizes
historiográficas os livros didáticos, que serão analisados nesta pesquisa,
possuem ênfase. Assim, será que em tais materiais a história moderna é
trabalhada de maneira factual, com prevalência de fatos políticos e heroísmos?
Também se situa no
campo de inquietações acerca do livro didático o papel desempenhado pelas
imagens, pois naquilo que diz respeito ao Renascimento Cultural, a abordagem do
livro didático de História tende a apresentar e possivelmente trabalhar com
imagens. Neste caso, uma análise do uso de imagens pode revelar uma integração
das imagens ao texto; a imagem como fonte; a imagem como apenas descanso
visual, o que ocorre com certa freqüência, tornando a imagem um elemento sem
aproveitamento na narrativa. Uma das intenções desta pesquisa também é
contribuir para pensar as possibilidades de ampliação do ângulo de visão acerca
dos textos não verbais no livro didático para além da ideia de ilustração. O
trabalho com as imagens enquanto fonte (no ensino) não se direciona para a
formação de um aluno/historiador, mas para realização de entradas e
problematizações que contribuam para o saber-fazer histórico na sala de aula:
retratando uma situação histórica, reforçando determinadas ações de tempos e
pessoas, servindo para introduzir temas de estudos e verticalizando discussões.
Os materiais didáticos e principalmente os livros didáticos podem ser
tomados enquanto fonte histórica, já que há certo tempo a historiografia
ampliou a concepção de fonte histórica, oportunidade em que documentos oficiais
cederam espaço aos mais variados tipos de registros humanos. Com a renovação da
historiografia a partir da adoção de novos problemas, novas abordagens e novos
objetos ainda na década de 1970, o campo da pesquisa histórica tem se servido
de uma variada gama de fontes, permitindo compreender que o traço comum que
identifica tantas coisas como fonte histórica seja o “[...] interesse do
historiador em inquirir o que essas coisas revelam sobre as sociedades às quais
elas pertencem e na criação de uma narrativa explicativa sobre o resultado de
suas análises” (JANOTTI, In: PINSKY, 2014, p. 10).
Sendo assim, especificamente com os livros didáticos, temos um aporte
possível a partir da perspectiva da história do livro e da leitura visando
refletir a ideia de autor, os modos de apropriação de conteúdos e as
representações acerca do que é veiculado pelo escrito. O trabalho com os livros
didáticos ainda se justifica porque “[...] não existe nenhum texto fora do suporte que o dá a ler, que não há
compreensão de um escrito, qualquer que ele seja, que não dependa das formas
através das quais ele chega ao seu leitor” (CHARTIER, 2002, p 127). Assim,
pretende-se pensar no modo como os autores e a equipe editorial dos livros
didáticos operam um sistema de representação para mediar a relação do estudante
com o passado em estudo, ou seja, que figurações e elementos são apresentados
aos alunos como representação da Idade Moderna, ocasião em que signos são
apresentados em lugar de objetos ausentes. No lastro dessa percepção, também é
possível manusear os referidos livros compreendendo que estes são objetos de
saber e poder e que por isso “o livro sempre visou instaurar uma ordem, fosse a
ordem de sua decifração, a ordem no interior da qual ele deve ser compreendido
ou, ainda, a ordem desejada pela autoridade que o encomendou ou permitiu sua
publicação” (CHARTIER, 1998a, p.7). Nesse processo, intenta-se perscrutar as
aproximações e distanciamentos com o campo de reflexões e entendimentos da
cultura histórica e historiográfica sobre a Idade Moderna.
Conclusão
Considerando que as
periodizações são produções interessadas e que o saber histórico na sala de
aula por muito tempo esteve influenciado por perspectivas de uma história
linear, etapista e europeia, refletiu-se neste texto acerca de certos aspectos
ligados a chamada história moderna capazes de fomentar uma maior revisão desta
temporalidade enquanto periodização da História. As possíveis revisões caminham
no encontro do ensino de história, posto que existe uma tradição da didática da
história (conceitos, manuais, imagens...) que narra a Idade Moderna a partir de
imagens canônicas do Renascimento; da ideia de Renascimento contraposta a
“idade das trevas”; temas canônicos (Reformas, Navegações, Absolutismo) com
pouca reflexão e problematização no campo da História.
Referências
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Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Pará. Professor efetivo do
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Lucilvana Ferreira Barros: Doutoranda em História pelo Programa de
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ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirConsiderando que o uso do livro didático tem sido para o professor de história uma ferramenta de grande importância, porém é necessário que o professor de história busque outras fontes, na tentativa que os alunos possam se aproximar dos conteúdos de história para que não façamos uma história linear, positivista, sem que vejamos as rupturas que muitas vezes não estão presente nos livros didáticos sem que os mesmos percam o interesse.
Nesse sentido, gostaria que comentasse acerca de, como o professor de história, ao trabalhar os conteúdos na disciplina história presentes nos livros didáticos? Considerando que os quais ilustram em seu conteúdo imagens, fotos e telas, desconexas com o tempo abordado. Tomando por base essa posição, como os professores pode fazer uma leitura que aproxima dos eventos presente nos livros didáticos, não como um descanso visual, pois segundo Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky (2016) “O verdadeiro potencial transformador da História é a oportunidade que ela oferece de praticar a “inclusão histórica”...” Partindo desse pressuposto gostaria que você desse exemplo mais concretos, do que seria o ensinar, para que as aulas de história não se tornem enfadonha.
Atenciosamente, RILDO BENTO TAVARES
Olá Rildo, obrigado!
ExcluirA complexidade e o debate em torno do livro didático já é algo recorrente nas últimas décadas. Materiais bons e materiais com problemas. Gostaria de me referir à história moderna, atentando para o fato temas da história moderna serem resumidos e sinteticamente trabalhados nos manuais escolares. Para auxiliar o material didático, por exemplo, ao trabalhar o tema da Reforma Protestante, portanto um tema da história moderna, o professor(a) pode discutir algumas das 95 teses de Lutero com os seus alunos, podendo ainda articular com cenas do filme Lutero. Com relação ao trato do tema As Grandes Navegações, é possível trabalhar com trechos de Os Lusiadas, neste caso discutido ao lado do conteúdo do livro didático, bem como outros suportes, como imagens, filmes, entre outros. É possível ainda realizar uma interessante discussão sobre o Renascimento italiano e/ou o Barroco a somente a partir de imagens, daí se faz necessário minimamente que o professor estude um pouco de história da arte e adquira material especializado...
Vamos dialogando...
Att,
Roberg Januário dos Santos
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