Miss Lene Pereira da Costa


ENSINANDO A HISTÓRIA

A disciplina de história aplicada em sala de aula difere-se da História quanto ciência visto que, o objetivo do ensino de História consiste em desenvolver no educando diversas competências e habilidades com base nos princípios; aprender a conhecer, fazer, conviver e ser.

A História como disciplina integrante do currículo escolar surgiu século XIX na França, com o objetivo de criar a genealogia da nação e o estado de transformação com base no processo cientifico e nos conceitos positivistas. Como disciplina escolar a história teve sua trajetória marcada por um longo período de hostilidade e objeções, no que diz respeito à elaboração de seus conteúdos e métodos, a disciplina de história assim, como outras que fazem parte do currículo comum passaram por inúmeras adaptações no processo educacional brasileiro até se chegar a constituição atual estabelecida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s).

No entanto “a História e as outras disciplinas fazem parte de um sistema educacional que embora sejam redefinidas mantém suas especificidades [...] na constituição de saberes e conhecimento escolar” (BITTENCOURT 2005, p.35). Para Febvre (1989) a história é a ciência da mudança perpétua das sociedades humanas e que seu reajustamento constante é necessário para adequar-se as novas condições, de existência material, política, social, religiosa e intelectual. No Brasil a partir do século XIX a disciplina de história sempre esteve presente no currículo das escolas brasileiras inicialmente a exemplo a França o ensino pautava-se na formação cultural das elites, exaltando os feitos e realizações da corte portuguesa, cujo objetivo principal era revelar heróis nacionais conectando-os com os grandes acontecimentos políticos em detrimento da participação do homem comum integrante das classes trabalhadoras e subalternas nos grandes acontecimentos de nossa história, ou seja, o ensino da história vista de cima, sem qualquer possibilidade de contestação dos fatos. Desde o século XIX até a Proclamação da República o ensino da disciplina limitou-se a formar os homens da elite para exercer o poder e o domínio da sociedade.
As reformas republicanas que antecederam a década de 80 estabeleceram para a disciplina de História o propósito de formar cidadãos alienados aos ideais democráticos de uma nação dependente do modelo de ensino europeu. No período compreendido entre a Monarquia e a República o ensino era totalmente voltado para a questão da formação da identidade da nação brasileira e buscava com isso, despertar no educando o amor à pátria e a nação constituída por brancos, índios e negros expressando a ideia de harmonia entre ambos excluindo do debate os conflitos, a submissão dos negros ao trabalho escravo e as torturas e o processo de aculturação e massacre dos indígenas durante as missões jesuíticas. Para (BITTENCOURT ,2005.p.60) “o objetivo de veicular uma ‘História Nacional’ permeou o ensino de história dos alunos de primeiras letras e ainda está presente na organização curricular do século XXI. ”

A constituição de 1824 trouxe a garantia do ensino público e acessível para todos, mesmo assim somente os jovens pertencentes as classes dominantes tinham acesso garantido ao ensino secundário. Em 1927 no País recém independe a promulgação da carta de Lei de 15 de outubro assegurou a criação das escolas elementares ou de primeiras letras em todas as vilas e povoados, a ideia era expandir o ensino aos lugares mais distantes. O ensino nas escolas elementares era restrito a três princípios básicos ler, escrever e contar, através dos quais trabalhava-se todas as disciplinas do currículo escolar. Com relação ao ensino de história a leitura de textos sobre os fatos históricos estimulava o caráter cívico e patriota dos alunos. De acordo com Febvre (1989) o método de fazer e ensinar história a partir de textos foi imenso que suas virtudes permanecem até hoje, porém seguir esta fórmula nos priva da pesquisa e do debate acerca dos conteúdos abordados.

Quando tratarmos sobre o ensino de História no Brasil logo, se recorda o repasse de conteúdo dos livros didáticos que seguiam a ordem cronológica dos fatos históricos, da memorização de datas comemorativas da História Nacional e o método avaliativo através de provas com perguntas e respostas que “os alunos deviam repetir, oralmente ou por escrito, exatamente as respostas do livro[...]pela imprecisão ou esquecimento recebiam à palmatória [...]como castigo”. (BITTENCOURT,2005, p.67).

Durante muito tempo a disciplina foi vítima de preconceitos por vezes tratar de temas polêmicos como a religião, a bíblia, a existência de cristo entre outros. Não obstante a isso o ensino da história sofreu diversos questionamentos. Tais questionamentos surgiram por que “a história que nos ensinavam [...], a história a se fazer que nos mostravam, [...] era apenas [...]uma deificação do presente com a ajuda do passado”. (FEBVRE,1978, p.20). Indagações também surgem quando tratamos da utilização das fontes históricas que tão somente eram aceitos documentos oficiais, todas as questões começam a ser respondida a partir do Movimento dos Analles com a chamada Escola Nova que abriu espaço para novas possibilidades de abordagens de estudo e ensino da história, bem como novas perspectivas de reclassificação das fontes históricas.  Para Foucault os Analles foram muito importantes para a história por que:

“De agora em diante, todos estes problemas fazem parte, do campo metodológico da história, campo que merece atenção por duas razões. Inicialmente, porque vemos até que ponto se libertou do que constituía, ainda há pouco, a filosofia da história, e das questões que ela colocava sobre a racionalidade ou, sobre a relatividade do saber histórico, sobre a possibilidade de descobrir ou de dar um sentido à inércia do passado e à totalidade inacabada do presente”. (FOUCAULT,2008 p,12).

 As reformas educacionais do século XX, sobretudo as que ocorreram na era Vargas (1930 -1945) favoreceram o processo de formação da consciência educacional que exigia a adoção de várias medidas como a criação do Ministério da Educação (MEC), a readequação do ensino secundário e a implementação do ensino superior. O movimento pela democratização do ensino público que rompia com a escola tradicional abrindo espaço para a Escola Nova intensificou o debate acerca das políticas educacionais, práticas e métodos pedagógicos inovadores. No mesmo período em que foi apresentado e aprovado o projeto (4.024|) de criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) assegurando aos estados maior autonomia na organização de seus sistemas de ensino. Para Selva Guimarães (1993) durante o Estado Novo (1940) a história passou a ser considerada uma disciplina autônoma em que a História do Brasil era dissociada da história universal. No período (1964-1985) que compreende a ditadura militar o ensino passou ser organizado nos níveis primário, médio e superior, por força da Lei 5.692 o ensino público foi estruturado em 1º e 2º graus, o segundo grau tinha por objetivo capacitar os estudantes para o mercado de trabalho além de prepará-los para o ingresso no ensino superior. No currículo escolar do primeiro grau foi incluída a disciplina de estudos sociais, enquanto os conteúdos específicos da História passaram a ser prerrogativa exclusiva segundo grau.

O novo modelo de se fazer e ensinar História fez com que a disciplina adquirisse caráter crítico e sua função doravante seria capacitar o  para ser sujeito ativo do processo de formação e transformação social e não mero espectador da história constituída pelos heróis consagrados  e enaltecidos nos livros didáticos pelo método tradicionalista e arcaico de ensinar, essa nova ideia também proporcionou a possibilidade do  ensino da História através da interação professor/aluno e a inclusão de atores sociais antes negligenciado pela história tradicional, mas que também tiveram sua parcela de contribuição na história global como por exemplo ,os negros e as mulheres. Foram inúmeras as contribuições da Nova História para o ensino e para a historiografia, no entanto um dos relevantes foi a reclassificação dos documentos históricos visto que, anteriormente somente eram aceitos no rol da documentação histórica os registros oficiais.

A Constituição Federal aprovada em 1988 assegurou o direito ao ensino público gratuito a todos os cidadãos e que é dever do Estado garantir a oferta do ensino com qualidade. A LDB nº 4.024 de vinte de dezembro de 1964 sofreu várias alterações até chegar ao seu modelo atual  ,a Lei 9.394/96 sancionada em de dezembro de 1996 universalizou o direito ao ensino público gratuito para todos sem distinção, além de estabelecer a obrigatoriedade da inclusão da educação infantil como etapa inicial da educação básica, gestão escolar democrática com participação popular, a autonomia pedagógica e administrativa das escolas públicas, e a organização de um currículo comum a todas as unidades escolares e uma parte diversificada destinada a contextualização e interdisciplinaridade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais PCN’s estabeleceram novos objetivos para o ensino de história no Brasil, visando criar oportunidades que permitam aos estudantes o acesso ao conjunto de conhecimentos sociais necessários ao exercício da cidadania. A função primordial do ensino da história na atualidade é a formação cidadã e para isso é necessário situá-lo historicamente, dotando o indivíduo de consciência crítica/reflexiva em sua dimensão individual e social para compreender e acompanhar as mudanças da sociedade.

Orientações dos PCNEM Para o Ensino de História no Ensino Médio
A educação é essencial para o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade, os avanços tecnológicos, o crescente mercado de trabalho e o progresso cientifico resultou numa revisão na organização curricular das escolas públicas brasileiras para atender as demandas sociais do homem moderno.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram resultantes de um longo período de profundos debates acerca do sistema educacional vigente, elaborado com uma vasta participação de educadores, contém um grande teor pedagógico decorrente da larga experiência dos idealizadores em educação, os PCN’s buscam acima de tudo criar condições propicias para que a educação venha atingir o seu objetivo primordial a formação cidadã. A organização curricular foi pautada na pluralidade de ideias considerando a diversidade de gêneros e etnias. A LDB 9.394/96 defende que o ensino seja capaz de capacitar adequadamente os jovens para os desafios da vida adulta através de um ensino contextualizado com a realidade do mundo atual observando as peculiaridades as quais o educando está inserido e a interdisciplinaridade como estimulo para o aprendizado do aluno, os PCN’s são os principais  responsáveis por promover essa reestruturação curricular ,além de apresentar ao professor novas possibilidades de abordagens e procedimentos metodológicos.

A década de 80 foi essencial para a educação, pois nesse período se aprofundaram os debates acerca das mudanças educacionais para a implantação de um sistema educação pública sustentável. No que diz respeito ao ensino de História Fonseca (1993) afirma:

“Os anos 80 foram marcados por discussões e propostas de mudanças no ensino de história. Resgatar o papel da História no currículo passa a ser tarefa primordial de vários anos em que o livro didático assumiu a forma curricular, tornando-se quase fonte ‘exclusiva’ e ‘indispensável’ para o processo de ensino-aprendizagem” (FONSECA, 1993, p.86).

Mudanças substanciais também ocorreram nos níveis de ensino para atender a política de desenvolvimento social do País com isso, o ensino médio foi reformulado tornando-se responsável pela formação para a cidadania. Vale ressaltar que  a partir dos anos 80 o ensino médio foi o que mais se expandiu em números de alunos matriculados, desde a instauração da Constituição Federal (1988) até um ano após a aprovação da LDB 9.394.96 o acréscimo de matrículas superavam 90% somente entre 1996 e 1997  o aumento foi de 11,6%, em  pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) constatou-se que os alunos matriculados nesse nível de ensino são provenientes de famílias com renda mensal entre 1 a 6 salários mínimos e que grande parte deles estão retornando para a sala de aula devido as exigências do mercado de trabalho.

“Pensar um novo currículo para o ensino médio coloca em presença estes dois fatores: as mudanças estruturais que decorrem da chamada ‘revolução do conhecimento’ alterando o modo de organização do trabalho e as relações sociais; e a expansão crescente da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade que se coadunem com as exigências desta sociedade. (MEC,2000, p.6).

Além da preparação para o exercício da cidadania, mercado de trabalho e para o acesso ao ensino superior o novo ensino médio agora é a etapa complementar da educação básica conforme a LDBEN 96.394/96 art.35 o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:

“I – A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fudamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.”

Nestes termos, para atender à necessidade constante de dotar o indivíduo de condições para acompanhar as transformações econômicas, sociais, culturais e políticas o ensino médio foi dividido em três áreas do conhecimento; Ciências da Natureza e da Matemática, Ciências Humanas e ciências das Linguagens e Códigos. Conforme os PCN’s as disciplinas de História, Geografia, Sociologia e Filosofia compõem o grupo das ciências humanas para que haja a interdisciplinaridade e contextualização de conhecimentos e saberes entre ambas, visando desenvolver no aluno as competências e habilidades de representação, comunicação, investigação, compreensão e contextualização sociocultural.

“Às diferentes formas de acesso, organização e sistematização de conhecimentos. [...] aos diferentes procedimentos, métodos, conceitos e conhecimentos que são mobilizados e/ou construídos/reconstruídos nos variados processos de intervenção no real, que são sistematizados a partir da resolução de problemas relacionados às análises acerca da realidade social. [...]à diversidade e, portanto, à constituição aos diferentes significados que saberes de ordem variada podem assumir em diversos contextos sociais”. (PCNEM, 1999, p.296).

O desenvolvimento de competências e habilidades associadas ao ensino a pesquisa e uma prática pedagógica bem elaborada aplicada de forma eficiente, contribuem para que o aluno seja capaz de adquirir a autonomia intelectual. A área das Ciências Humanas é basicamente caracterizada pelos conceitos estruturantes, que se constituem basicamente no estudo das relações sociais cultura,identidade,ética,domínio e poder .A orientação dos PCN’s para o ensino médio segue os mesmos princípios das outras disciplinas integrantes do grupo da ciência do homem, é através da qual  que adquirimos conhecimentos que nos permitem interagir nos mais diversos espaços sociais com coerência e responsabilidade e nos situarmos no tempo histórico dos acontecimentos ao longo da história ,isso nos leva a compreender o processo das transformações históricas a interferência do homem nos acontecimentos e o contexto dos movimentos sociais que tem influência direta no modo de viver da sociedade .Conforme (BRAUDEL,1978  ,p.17 ). ”A História se encontra hoje, diante de responsabilidades temíveis, mas exaltantes, porque jamais cessou,  nas suas modificações  das condições sociais concretas.”

Em termos um dos objetivos primordiais dos novos métodos do ensino de história para os jovens do ensino médio é incentivá-los a participar ativamente da construção do conhecimento histórico, integrando-os como sujeitos históricos capazes de intervir na realidade social que estão inseridos .Os PCNEM  orientam ainda sobre a possibilidade da utilização das diversas fontes e documentos históricos como método para atender as habilidades a serem desenvolvidas observando as competências   estabelecidas para o ensino da disciplina que consistem  em:

“Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua produção. Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos.[...] Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais.[...]Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos.”(PCNEM,1999,p74-76).

Conforme os PCNEM o ensino da disciplina de história foi organizado em quatro eixos temáticos partindo do princípio da problematização dos contextos sociais existentes contemplando os conceitos estruturantes e outras concepções que o aluno terá de desenvolver no decorrer do processo de ensino. Os eixos estão divididos em temas e subtemas que intercalam os conteúdos a serem estudados com assuntos, ou estudos de casos primando ofertar ao aluno uma abordagem contextual completa e não fragmentos de conteúdos subsequentes. “Se não há problema, não há História. Apenas narra-compilações. Não falo da ciência da História, mas do estudo cientificamente conduzido. ” (FEBVRE,1989, p.32).

Os eixos temáticos contemplam os seguintes temas: 1.Cidadania: diferenças e desigualdades que consistem em abordar conteúdos relativos ao cidadãos e ao Estado, cidadania e liberdade, cidadania e etnias, mapas, índices e taxas.2.Cultura e Trabalho que se refere as tecnologias e as fontes de energia, relações de produção, transformação do tempo, mentalidades e o trabalho no tempo.3. Transporte e comunicação no caminho da globalização que estuda os meios de transportes, o poder da palavra, novos suportes para a palavra e a era da imagem. 4. Nações e nacionalismos este trabalha, O conceito de Estado, a formação dos Estados Nacionais, os discursos e conflitos nacionalistas.

Para Bittencourt (2005) o ensino da disciplina de história na atualidade deve preocupar-se a princípio com a constituição de identidades sejam elas culturais, sociais, políticas, étnico/racial ou mesmo a identidade nacional, enfim, em todos os aspectos capazes de transformar o indivíduo comum em um cidadão crítico e politizado.

“A formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a formação geral, em oposição à formação específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização.” (MEC, 2000, p.5).

Nestas perspectivas de construção do conhecimento sociocultural e do saber histórico no ensino médio a utilização dos documentos como recurso didático é essencial porque são capazes de inserir o aluno no contexto histórico dos fatos  em  diferentes períodos situando-os no tempo e no espaço dos acontecimentos, além disso, o ensino da disciplina através dos eixos temáticos promovem uma flexibilização de um projeto educacional que na impossibilidade de repassar aos alunos todos os conteúdos da história optam pelo repasse de assuntos pertinentes as problemáticas do presente visando com isso atender as exigências das atuais propostas curriculares.


Referências
Miss Lene Pereira da Costa é Graduada em História e Pós graduada em Metodologia do Ensino de História e Geografia pela a Universidade de Teologia Aplicada-UNITA.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e métodos 4ª Ed.São Paulo: Cortez editora,2005.

BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC,2000.109 p.

______.Parâmetros Curriculares Nacionais+ Ensino Médio: Orientações complementares aos parâmetros curriculares Nacionais ,Ciências Humanas e suas tecnologias.Brasília:1999.77 p.

_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União. Brasília: 1996.31 p.

BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. São Paulo: Perspectiva,1978.

FEBVRE, Lucien. Combates por la História. Barcelona: Editorial Ariel, 1974

______. Combates pela História.Lisboa:presença ,1989.

FONSECA,Selva Guimarães.Didáticas e Práticas do Ensino de História: Experiências,Reflexões e Aprendizados. Campinas-SP:Papirus,2003.

FOUCAUT,Michel. A Arqueologia do Saber. 12ª edição. São Paulo: Forense Universitária.2008.



9 comentários:

  1. Bom texto Miss Lene Pereira da Costa,
    você acredita que o ensino de História atualmente tem enfrentado o desinteresse dos alunos? A forma como a disciplina encontra-se estruturada é suficiente para cumprir os objetivos?
    Atenciosamente,
    Bruno da Silva Ogeda

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  2. Obrigado Bruno! Apesar das constantes reformulações no ensino da disciplina ,dos avanços metodológicos com a inserção de diversas fontes historiográficas e da ampla disponibilidade de recursos tecnológicos nas unidades escolares ,percebe-se que infelizmente a disciplina de história não tem conseguido despertar o interesse dos alunos ,sobretudo no Ensino Fundamental onde o ensino é muito superficial ,pouco se utiliza do aparato metodológico existente e também devido o foco primordial dessa modalidade de ensino ser o desenvolvimento das habilidades e competências das disciplinas de Português e Matemática que são exigido nas provas de avaliação de desenvolvimento da aprendizagem e ensino ,além disso nessa modalidade na grande maioria dos municípios brasileiros os professores são polivalentes o que dificulta ainda mais o repasse conteúdos de história,os livros didáticos além de superficiais ,são vazios de informação limitando o conhecimento do aluno.No Ensino Médio embora já se trabalhe a disciplina de forma diversificada estimulando o aluno a buscar mecanismos que aprofundem os conhecimentos a cerca dos fatos históricos ,o tempo dedicado as aulas de histórias são muito inferiores ao que seria necessário para o ensino da história em sua essência. Portanto conforme a estrutura da disciplina está estruturada não é suficiente para contemplar os objetivos propostos para a disciplina é necessário rever aspectos como a formação dos professores, os métodos aos quais os conteúdos estão sendo repassados ,bem como a receptividade do alunos quanto a esses conteúdos ,rever a carga horária disponibilizada as aulas de história é essencial para que a aprendizagem plena em história torne-se possível.Miss Lene Pereira da Costa

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  3. Ledyane Lopes Barbosa11 de abril de 2018 às 06:42

    Olá Miss Lene Pereira da Costa!

    Primeiramente gostaria de lhe parabenizar pelo sua produção!

    No início de seu trabalho, você faz uma contextualização histórica acerca dos objetivos da disciplina de história no cenário brasileiro. Pois bem, fazendo uma análise de conjuntura, quais alterações mais significativas você têm observado enquanto pesquisadora, desde o século XIX até os dias atuais, no que se refere a história enquanto disciplina na educação básica?

    Mais uma vez a felicito pelo seu excelente texto!

    Att.

    Ledyane Lopes Barbosa

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    1. Obrigado Ledyane ! No rol das alterações realizadas na proposta do ensino de História ,apesar de algumas possuírem maior relevância todas tiveram sua importância para consolidação da História como disciplina entre elas podemos destacar :A inclusão da História como disciplina única ,isolada ,dissociada das demais que compunham a antiga disciplina de OSPB;A elaboração de uma proposta curricular exclusiva para a disciplina;A inserção de novos atores sociais antes excluídos do debate histórico como é o caso das mullheres,dos negros; A incorporação de novos métodos pedagógicos e das fontes históricas contrariando os princípios positivistas em que dava-se crédito aos documentos oficiais, some-se a estes aspectos as contribuições da Nova História que ampliou a analise e a observação dos temas em debates. Miss Lene Pereira da Costa.

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    2. Ledyane Lopes Barbosa12 de abril de 2018 às 06:47

      Miss Lene agradeço pelas informações!

      Att,

      Ledyane Lopes Barbosa

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  4. Boa Noite Miss Lene!!

    Parabéns pelo texto bem elaborado e muitas informações, AMEI!!

    1ª) Diante de todas as informações das diretrizes e direito dos alunos, será que realmente o aluno consegue receber o conteúdo da grade curricular com ânimo por parte do docente?

    2ª) Será que o aluno tem respaldo da escola e professores quando o mesmo tem dificuldades em entender o conteúdo por defasagem nos anos anteriores?

    Maria José da Silva Falaci

    Obrigada.


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  6. Muito bom seu trabalho.

    A história que é ensinada na sala de aula muitas vezes segue uma programação de conteúdo.
    De que forma os professores poderiam melhor o ensino de história com seus alunos ?

    Adenilson dos Santos

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  7. Saudações prof. Miss Lene Pereira. Tudo bem?

    Estou começando meu mestrado. Tenho interesse de pesquisar sobre o ensino de História na Pós-modernidade. Gostaria de começar minha verificação analisando o nascimento da disciplina no contexto europeu do século XIX. Qual obra da sua bibliografia citada neste artigo poderia me ajudar neste momento?

    Grato pela sua atenção,

    Gustavo Herscovitz.

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